Carga segura, vá de Mave!

Se você lida com movimentação de materiais, já sabe: a diferença entre uma operação segura e um susto caro mora nos detalhes. E o principal deles é o fator de segurança na elevação de cargas.

Neste guia, explicamos o conceito, como ele se relaciona com a Carga de Trabalho Segura (WLL) e a Carga Mínima de Ruptura (CMR), quais variáveis realmente derrubam a capacidade de um conjunto e como aplicar o fator de segurança na prática – sem mistério e sem “achismo”.

O que é “fator de segurança” e por que ele importa

O fator de segurança (FoS) é um coeficiente usado para garantir uma margem entre a capacidade de ruptura de um equipamento e a carga que ele pode trabalhar com segurança. Em bom português: é a “folga planejada” que separa uma operação segura de uma falha catastrófica.

  • CMR (Carga Mínima de Ruptura): valor mínimo a partir do qual o componente rompe em teste;
  • WLL (Working Load Limit) / Carga de Trabalho Segura: capacidade permitida em uso;
  • Fator de segurança (FoS): relação entre CMR e WLL (conceito geral; os coeficientes específicos dependem do tipo de equipamento e das normas aplicáveis).

A indústria usa FoS para absorver incertezas: desgaste, pequenos danos não detectados, variações de ângulo, impacto dinâmico, temperatura, produtos químicos, montagem incorreta e por aí vai.

Como o fator de segurança conversa com WLL e CMR

  • A WLL já considera o fator de segurança adequado ao tipo de equipamento. Logo, nunca use CMR como referência operacional.
  • O rótulo/etiqueta do produto traz a WLL: é esse valor que você respeita no dia a dia.
  • Produtos diferentes → fatores de segurança diferentes: cintas têxteis, correntes grau 8/10, cabos de aço e acessórios (ganchos, manilhas, olhais) têm critérios próprios em norma e ensaio.

Em resumo: opere pela WLL, nunca pela CMR, e selecione o conjunto com base no cenário real de uso (ângulo, número de ramais, temperatura, contato com quinas, etc.).

Os “ladrões de capacidade”: o que derruba sua WLL

Mesmo com a WLL correta, alguns detalhes de execução podem reduzir drasticamente a capacidade real do conjunto. A seguir, veja os principais “ladrões” e como controlá-los para preservar o fator de segurança na elevação de cargas:

1) Ângulo da alça (o vilão silencioso)

Quanto mais aberto o ângulo entre os ramais da cinta ou lingada, maior a força em cada perna – e menor a capacidade efetiva.

Dica prática: sempre que possível, mantenha ângulos mais fechados e consulte a tabela de redução de capacidade por ângulo do fabricante.

2) Modo de uso (vertical, cesto, laçada)

  • Vertical: referência básica de WLL.
  • Cesto (basket): pode aumentar a capacidade, desde que a distribuição de carga seja simétrica e sem esmagamento.
  • Laçada (choker): geralmente reduz capacidade por efeito de estrangulamento.

3) Condições físicas e ambientais

  • Desgaste, cortes, abrasão, costuras danificadas em cintas → descarte.
  • Temperatura e agentes químicos → podem exigir materiais específicos.
  • Quinas vivas / raio pequeno: sempre proteger com cantoneiras/luvas adequadas.

4) Dinâmica e manuseio

  • Arrancadas, trancos e impactos elevam esforços momentâneos acima da WLL.
  • Montagem desalinhada (torções, cruzamentos) concentra tensões.

Como aplicar o fator de segurança na elevação de cargas na seleção do conjunto

O fator de segurança na elevação de cargas deve ser aplicado ao cenário real de uso, considerando peso, ângulos, pontos de pega e ambiente. A ideia é transformar requisitos técnicos em escolhas objetivas de componentes, garantindo WLL adequada e evitando surpresas no campo.

Passo 1 – Defina o cenário real

  • Peso da carga (com folga, considerando variações).
  • Centro de gravidade (simetria ou excentricidade).
  • Pontos de pega e ângulo estimado dos ramais.
  • Ambiente: temperatura, químicos, abrasão, quinas.

Passo 2 – Escolha os componentes certos

  • Para cargas sensíveis e bom manuseio, cintas têxteis são versáteis; para ambientes agressivos/altas temperaturas, correntes ou cabos podem ser mais adequados.
  • Acessórios compatíveis (ganchos, manilhas, argolas) com WLL ≥ do conjunto.

Passo 3 – Calcule a capacidade mínima requerida

  • Parta da WLL dos componentes, aplique reduções por ângulo e modo de uso.
  • O elo mais fraco define a capacidade do conjunto.

Passo 4 – Verifique etiquetas e rastreabilidade

  • Etiqueta legível = uso permitido. Sem etiqueta ou ilegível = retire de serviço.
  • Registre inspeções e mantenha histórico (data, responsável, condição).

Quer facilitar esse passo a passo? Crie uma planilha com inputs (peso, ângulo, número de ramais) e a tabela de redução do fabricante. Em poucos cliques você valida a capacidade.

Inspeção e descarte: o que deve entrar na sua rotina

Checklist resumido para cintas têxteis:

  • Cortes, furos, fios soltos, abrasão acentuada, costuras danificadas.
  • Contaminação química ou encharcamento por óleo/solventes.
  • Deformações (achatamento irregular, endurecimento).
  • Etiqueta ausente/ilegível.
  • Hardware com trincas, deformações, corrosão ou travas danificadas.

Política de descarte: se a dúvida existe, a cinta sai de serviço. Segurança não aceita “talvez”.

Normas e boas práticas (visão geral)

Sem “decorar números”: a família de normas define critérios de projeto, ensaio, marcação, fator de segurança e descarte por tipo de produto. Consulte sempre os documentos aplicáveis ao seu equipamento e setor, além das regras de SST da sua empresa. Em auditorias, rastreabilidade (certificados, etiquetas e registros) conta muito.

Boas práticas que nunca saem de moda:

  • Treinamento periódico de quem dimensiona e de quem opera.
  • Padronização visual (posters de ângulos, cartazes de descarte).
  • Kit de proteção de cantos sempre junto das cintas.
  • Plano de inspeção com periodicidade definida e responsável nomeado.
  • Substituição programada conforme vida útil e uso.

Erros comuns ao aplicar o fator de segurança na elevação de cargas (e como evitar)

  • Usar CMR como “capacidade de trabalho”.
  • Solução: sempre pela WLL da etiqueta/manual.
  • Ignorar o ângulo e montar “no olho”.
  • Solução: medir/estimar ângulo e aplicar a tabela de redução.
  • Forçar no choker quando o cesto seria superior.
    • Solução: escolher o modo correto para cada pega.
  • Cinta sem proteção em quina viva.
  • Solução: usar protetores adequados ao material.
  • Operar com etiqueta ilegível ou cinta machucada.
    • Solução: retirar de serviço e substituir.

Produtos e soluções: por onde começar

Se a sua operação pede versatilidade, vale conhecer as cintas de elevação de carga, com opções de largura, camadas e comprimentos distintos para diferentes cenários. Combine com acessórios compatíveis (manilhas, <target=”_blank” a href=”https://mavebr.com/ganchos-para-cintas-de-amarracao/”>ganchos, argolas) e padronize kits por tipo de carga.

Dica extra: etiquete o conjunto com uso típico (ex.: “tanques inox – 2 ramais – 45° máx.”) para reduzir erro humano.

Por que falar com um especialista ajuda (e muito)

Cada operação tem suas particularidades: superfície de contato, pintura, espaço para manobra, altura útil, frequência de uso, ambiente, metas de produtividade… Um olhar experiente ajuda a ajustar o fator de segurança na elevação de cargas ao seu mundo real, evitando sobredimensionar (custo) ou subdimensionar (risco).

Quer começar do jeito certo? Visite o site da Mave e fale com nosso time! Com método, registro e bons equipamentos, sua operação ganha eficiência – e você dorme bem sabendo que a carga subiu (e desceu) do jeito certo.

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